quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

TEDÊNCIAS – Continuação (incógnita)

Prever 2024 é, nesta fase do novo ano, um exercício difícil pelas incógnitas correspondentes. Por isso recorremos à experiência vivida em 2023, tendo obtido uma listagem de temas / assuntos que nos pareceram ser as TENDÊNCIAS mais relevantes. Um mundo com muitas incógnitas, a saber: a) Queda do governo da maioria socialista e da liderança de António Costa e consequente eleição de um novo líder socialista; b) Eleição para Assembleia da Republica e nomeação de um novo governo; c) Eleição para o parlamento europeu; d) Subida do Chega e confirmação da 3ª força politica; e) Redes Sociais – como evolucionam; f) Digital e robótica – como evolucionam; g) Guerra na Ucrânia- como será a sua evolução - haverá paz; h) Conflito em Gaza – Israel e Hamas; i) Médio Oriente - a questão do Irão e dos seus conflitos sociais; j) Eleições nos EUA – eventual vitória de Trump; l) Tensão entre EUA e China - como tudo isso afectará a Europa e consequente perda da sua influência estratégica; m) Comportamento da Economia Global; n) Pressões Energéticas – efeito inflacionista; o) Comércio e Investimento internacional; p)Migrações-regulação de acordo com a carta dos Direitos Humanos; q) O governo de Lula e a sua evolução no quadro (difícil) da política brasileira; r) Evolução da situação política em Espanha. Acompanharemos e daremos aqui boa nota disso. Abraço e votos de um bom 2024.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Marcelo, o Vingativo

Quando escrevo este Post o Presidente da Republica (PR) estará a viajar para Londres. O PR por inerência é também o Chefe Supremo das Forças Armadas, viajará, provavelmente num avião requisitado à força aérea. Ainda hoje, ou logo que tenha oportunidade, passeará pelas ruas da capital inglesa incógnito e seguramente convicto de que deixou o país à beira de uma crise institucional grave. Crise que ele iniciou há muito tempo e que teve ontem a sua formalização quando fez uma declaração ao país, a propósito da demissão de João Galamba (JG) – o ministro que se demitiu e o Primeiro-ministro não aceitou: uma declaração feita, no Palácio de Belém, com pompa e circunstância, violenta e vingativa, pretendendo atingir o PM; uma declaração que teve a particularidade de ser cobarde. Cobarde porque MRS queria vigar-se de AC e não teve a coragem de o fazer directamente e que para o efeito, escolheu o ministro das infraestruturas JG. Chamou-lhe, entre outros, irresponsável, incompetente e pouco confiável. Ficou claro que MRS, na ocasião, estava a dirigir-se a AC e que nos termos em que o fez abriu uma nova situação institucional em que as relações entre ambos serão no futuro bastante complicadas. O PR que era para, quase todos, o Presidente dos Afectos e que no dia anterior à declaração saiu do Palácio de Belém para dar um pequeno passeio e comer um gelado e nas circunstancias, distribuir uns beijinhos á população feminina que ia encontrando ficará, a partir de ontem e após as fortíssimas declarações que fez, a ser, também, por muitos, considerado o Presidente Vingativo.

segunda-feira, 1 de maio de 2023

1º de maio (um dia especial)

Dia da Liberdade porque só seremos livres se existir igualdade e solidariedade entre homens e mulheres. Liberdade individual e colectiva, independentemente das ideologias, géneros, culturas, raças e religiões. Dia da Liberdade e Igualdade porque só o seremos se existir solidariedade entre os povos espalhados por todas as nações e continentes. Solidários porque só serão livres os homens e mulheres que tiverem um salário digno e justo. Sim, o 1ª de maio é um dia especial para celebrarmos e cantarmos a Liberdade a Igualdade e a Solidariedade - até que a voz doa.

domingo, 26 de março de 2023

Comendador Rui Nabeiro

Se for à cidade de Campo Maior facilmente encontra referências aos Cafés Delta e ao Grupo com o mesmo nome, constituído por 22 empresas. Tudo começou numa pequena empresa – Delta Cafés – em 1961. Na altura era constituída por 3 trabalhadores e um moinho de torrefação. Hoje o Grupo Delta dá emprego a cerca de 4000 trabalhadores e é conhecido e comercializado em 41 países. Dos 3 trabalhadores iniciais um é o principal responsável pelo crescimento e desenvolvimento de uma ideia e de um projeto impar e único em Portugal. O responsável chama-se Rui Nabeiro deixou-nos recentemente e eu aproveito para lhe deixar aqui uma pequena homenagem de respeito e profunda admiração. O Senhor Rui, como gostava de ser tratado, é também conhecido no grupo, pelos seus trabalhadores, fornecedores, clientes e por muita gente com a qual se cruzou ao longo da vida por ser um homem com um elevado nível de Responsabilidade Social. O Comendador Rui Nabeiro por aquilo que realizou e nos deixou deve ser uma referência para todos nós e em especial para o mundo empresarial e académico português.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Brasil - acontecimentos antidemocráticos de 8 de janeiro

O assalto à Praça dos três poderes em Brasília, pela sua magnitude e repercussão, representa um forte ataque às instituições democráticas brasileiras e do mundo. O acontecimento levado a efeito de forma organizado por forças extremistas de direita e apoiantes de Bolsonaro, as quais se inspiraram no ataque ao Capitólio dos EUA levado a cabo pelas forças, igualmente extremistas de direita, apoiantes de Trump. Ambas as forças tiveram como objectivo: anular os resultados eleitorais que deram como vencedores os seus antagonistas (Lula e Biden); Ambas utilizaram a violência e a mentira organizada; Ambas tiveram, de imediato, repercussões condenatórias nos estados democráticos; Ambas evidenciaram as debilidades dos regimes democráticos. Os acontecimentos antidemocráticos assinalados tiveram efeito multiplicador imediato no Peru,Indonésia e Turquia. Todavia, mostraram o poder de resiliência das democracias. Mas não basta o poder evidenciado por alguns estados democráticos é necessário ter em consideração o balanço dos retrocessos e avanços ocorridos no mundodesignadamente: 2021- 60 em retrocesso, 25 em avanço. Outro aspecto preocupante são os estudos internacionais que evidenciam a desconfiança, cada vez maior, das novas gerações nos sistemas políticos democráticos – os jovens não encontram soluções para os seus problemas: mercado de emprego; salários baixos; mercado habitacional. Quais as causas destes fenómenos relativamente aos quais cabe aosregimes democráticos encontrar as soluções adequados. Existem alguns denominadores comuns: fragilidade das instituições democráticas e na repercussão das mesmas no tecido económico, educacional, saúde e protecção social. As linhas estão traçadas os diagnósticos feitos compete as estados democráticos e suasinstituições trabalharem no sentido de encontrar as soluções adequados. Parece fácil, não é, mas esse é o grande desafio.

domingo, 8 de janeiro de 2023

2023 - Tendências (incógnita)

Prever 2023 é, nesta fase, um exercício difícil pelas incógnitas correspondentes. Por isso recorremos à experiência vivida em 2022, tendo obtido uma listagem de temas / assuntos que nos pareceram ser as TENDÊNCIAS mais relevantes. Um mundo com muitas incógnitas, a saber: • Redes Sociais - como evolucionam; • Digital e robótica – como evolucionam; • Guerra na Ucrânia- como será a sua evolução - haverá paz; • Tensão entre EUA e China - como tudo isso afectará a Europa; • Comportamento da Economia Global; • Pressões Energéticas; • Comércio e Investimento internacional; • Migrações - regulação de acordo com a carta dos Direitos Humanos; • Ajustes no Médio Oriente - a questão do Irão e dos seus conflitos sociais; • UE vai aumentar a sua influência estratégica; • Biden será candidato às próximas eleições americanas; • Trump será julgado; • O governo de Lula e a sua evolução no quadro (difícil) da política brasileira; • Haverá antecipação de eleições em Espanha e em Portugal. Acompanharemos e daremos aqui boa nota disso. Abraço e votos de um bom 2023.

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Despedida desafiante

No passado dia 14 de setembro fez 35 anos que entrei para o então Núcleo de Auditoria do IEFP, I.P. Na altura era um luxo trabalhar na casa, dizia-se e defendia-se que o IEFP almejava ser uma instituição pública gerida de forma privada. Os desafios eram imensos, o país preparava-se para entrar na Comunidade Económica Europeia (CEE), as políticas públicas de emprego, formação e reabilitação profissional eram cruciais para alavancar o tecido económico e social. Nas terras mais recônditas passou a haver um Centro de Emprego e em muitas capitais de distrito um Centro de Formação Profissional. Os parceiros sociais (sindicatos e associações empresariais) começaram ainda a criar, conjuntamente com o IEFP, os Centros de Formação Profissional geridos, e assentes de uma maneira inteligente, num modelo de parceria, refiro-me aos Centros de Gestão Participada – ultrapassando hoje as duas dezenas. De uma forma tripartida, aquilo que viria a ser o Conselho Económico e Social, funcionava regularmente no IEFP. O IEFP era governado no topo por um órgão executivo, Comissão Executiva, e um Conselho de Administração onde tinham assento todos os parceiros sociais e alguns ministérios. Estes órgãos eram suportados organicamente por serviços centrais, incluindo aqui os departamentos e direções de serviços especializados e finalmente as cincos delegações regionais com os seus serviços de coordenação e controlo dos Serviços de Emprego e Formação Profissional da sua área geográfica afeta. O IEFP era então um Instituto Publico de referência com níveis de autonomia e responsabilidades institucionais próprias enquadradas nos princípios e orientações preconizados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Algumas coisas alteraram-se com os anos decorridos designadamente e principalmente no que diz respeito à diminuição dos níveis de autonomia e responsabilidades próprias. Mas muita coisa ficou e o IEFP também melhorou. Hoje as responsabilidades orçamentais e financeiras estão suportadas por instrumentes de controlo e de registo adequados, os serviços de emprego e formação utilizam igualmente instrumentos estatísticos e de controlo, a instituição é hoje servida por um instrumento de informação, que permite suportar as necessidades de gestão e controlo interno. O futuro das novas tecnologias e competências digitais e robóticas serão fortemente desafiantes para o IEFP e naturalmente para os seus trabalhadores. O trabalhador do IEFP, principal ativo da instituição, tem hoje ao seu dispor suportes formativos (internos e externos) que conjugados com os níveis académicos elevados serão no futuro desafiantes e esperançosos. Ao IEFP reservar-se-á, no quadro institucional português, uma responsabilidade importante naquilo que serão os desafios estruturantes que se irão colocar aos trabalhadores e empresas.